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Com apoio e participação das Centrais Sindicais, Dia da Luta Operária homenageará Lenina Pomeranz, Hugo Perez e profissionais da saúde e lembrará os 50 anos da morte de Zequinha Barreto; confira

Celebrado desde 2017 por lei municipal (nº 16.634/17), de autoria do vereador Antônio Donato (PT), o dia da Luta Operária foi instituído em memória da Greve Geral de 1917. Iniciada na fábrica Cotonifício Crespi, zona leste da capital paulista, a greve contra a carestia, os baixos rendimentos e contra as condições degradantes de trabalho, se expandiu por diversas categorias e chegou a contar com a participação de mais de quarenta mil trabalhadores.

O troféu José Martinez, que marca a memória do jovem sapateiro morto por soldados da antiga Força Pública, no dia 9 de julho de 1917, durante a Greve, foi concebido pelo artista plástico Enio Squeff e pelo fundidor Luciano Mendes. 

As homenagens aos trabalhadores e trabalhadoras são uma iniciativa do vereador Antonio Donato (PT), em parceria com as centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical e Intersindical Central da Classe Trabalhadora. Também participam da homenagem o Centro de Memória Sindical, o Cedem-Unesp, Instituto Astrogildo Pereira, IIEP, Memorial da Resistência e Oboré.

Professora da Faculdade de Economia da USP, a homenageada Lenina Pomeranz, foi a primeira mulher a dirigir o Dieese em 1962. Ela também foi fundadora e membro da primeira diretoria da UBES, União Brasileira dos Estudantes Secundários. Concluiu sua tese de doutorado na antiga URSS, na década de 1960, sendo a primeira pesquisadora a implementar um programa de cooperação entre o Instituto da América Latina da Academia de Ciências da URSS e a USP através de sua pesquisa sobre a Perestroika. Ela é autora do livro Perestroika: Desafios da Transformação Social na URSS, uma das principais referencias no assunto. 

Já o eletricitário Hugo, aposentado pela antiga companhia de energia Light, que também receberá a homenagem, foi diretor do Sindicato da categoria, presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas, na década de 1970 e presidente do Dieese entre 1979 a 1983. Em 1977, em um curso oferecido pelo Ministério Trabalho, Hugo reivindicou que os trabalhadores pudessem realizar um Congresso das Classes Trabalhadoras, já que os empresários realizavam naquele ano a IV CONCLAP, Conferência Nacional da Classe Produtora. A realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, Conclat, aconteceu entre 21 e 23 de agosto de 1981, na colônia de férias do Sindicato dos Têxteis de São Paulo, na Praia Grande, com 5036 delegados. 

O Dia da Luta Operária de 2021 também prestará homenagens aos profissionais da saúde, pelo importante trabalho que esta categoria vem fazendo no enfrentamento da pandemia de Covid-19, através de Lourdes Estevão, enfermeira, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, e Ubiratan de Paula Santos, médico pneumologista do Ambulatório de Doenças Respiratórias Ocupacionais do Incor. 

O sindicalista José Campos Barreto, o Zequinha Barreto, também será homenageado in memoriam, por sua luta e por ocasião dos 50 anos do seu assassinato por agentes do Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Devido às restrições provocadas pela pandemia o evento, que será no dia 9 de julho, a partir das 18 horas, ocorrerá de maneira híbrida: presencialmente na Quadra dos Bancários Rua Tabatinguera, 192, São Paulo, com um grupo restrito de pessoas e pela internet, com transmissão ao vivo no Facebook e Youtube do vereador Donato (@donatopt) e da centrais sindicais.

Tadeu Morais de Sousa, diretor vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, representará a Força Sindical neste importante e histórico evento.

Texto originalmente publicado no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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