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NO MÊS DA MULHER, UMA CONTRIBUIÇÃO PARA ENALTECER ESSA IMPORTANTE DATA QUE MARCA O EMPODERAMENTO FEMININO!

O Dia Internacional das Mulheres é celebrado, anualmente, no Dia 8 de Março. Antes de tecer comentários a respeito da data comemorativa e, em especial respeito, às mulheres, peço licença às senhoras e senhoritas, para fazer um pequeno “introito” a respeito da data.

            Em 1975, o Dia 8 de Março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países — como um dia de protesto por direitos ou de edulcorada celebração do feminino, comparável ao Dia das Mães. Em outros países, a data é amplamente ignorada.

UMA ORIGEM MUNDIAL PARA A DATA

A ideia de criar o Dia das Mulheres surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito de Voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, a socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres trabalhadoras, sem, contudo, fixar uma data específica.

As celebrações do Dia Internacional das Mulheres ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país. A primeira celebração deu-se a 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países incluindo os europeus. Nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, no final de março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutava por igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas, ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos.

No início de 1917, na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Grande Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917. A data da principal manifestação, 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída como Dia Internacional da Mulher pelo movimento internacional socialista. Obs.: o calendário Juliano foi organizado pelo sábio Sosígenes de Alexandria, no ano 46 a.C, o nome é uma homenagem a Julio Cesar, na altura pontífice máximo da República Romana.

Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

CONTROVÉRSIAS SOBRE AS ORIGENS

Por muitos anos, associou-se o dia 8 de março à ocorrência de grandes incêndios em fábricas, no início do século, quando dezenas de operárias teriam perecido. O mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que realmente ocorreu, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, e matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens. A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, com idade entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido pela sigla inglesa ILGWU. A acadêmica Eva Blay considera “muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres”, mas ressalta que “o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias desde algum tempo antes e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin“.

Pois bem, em nenhum momento os Estados Unidos vinculam ou admitem o fatídico incidente “incêndio e mortes” às comemorações do Dia Internacional da Mulher.

VOLTANDO AO TEMA:

Na realidade, este encontro, ainda que tardio, é expressão de uma das maiores conquistas da mulher e da democracia, a sua inserção no mercado de trabalho, direito ao voto, direito a educação, igualdade de gênero, dentre outros direitos, se deu através de muita luta. Nada veio de graça, tudo foi conquistado, porque cada vez mais a mulher mostra sua inteligência e competência ao atuar nas áreas da arte, educação, ciência, medicina, engenharia, advocacia, política e tantas outras. Eu não poderia deixar de frisar a administração do lar, o cuidar e educar os filhos, uma das tarefas mais árduas, que quase sempre recai sobre os ombros das mulheres.

É uma data que simboliza a busca de igualdade social entre homens e mulheres, em que as diferenças biológicas sejam respeitadas, mas não sirvam de pretexto para subordinar e inferiorizar mulher.

Algumas mulheres se recusam a ser presenteadas na data, já que ela marca, também, diversas lutas. Outras, no entanto, não se importam e preferem receber flores e outros mimos. Mas é de consenso geral que os presentes ideais neste e em todos os outros dias sejam o respeito, igualdade e dignidade. Por assim dizer: “parabéns à todas as mulheres”.

POLÍTICA

Eu disse “en passant”, que uma das conquistas das mulheres, foi o direito ao voto.

Recentemente tivemos uma das mais disputadas eleições em nosso país, onde prevaleceu o bom senso e as mulheres contribuíram de forma decisiva para o pleito eleitoral. Uma vez que representam a maioria dos eleitores. Mais uma vez parabéns as mulheres.

É verdadeiro afirmar que o bem venceu o mau, enquanto o vencedor do pleito o LULA representa o que é melhor para a sociedade brasileira, no que tange aos direitos e garantias individuais, liberdade, democracia, trabalho e renda, saúde, transporte, educação, alimentação e acima de tudo soberania nacional.

O perdedor Bolsonaro representa o “negativismo contumaz”. Abomina as mulheres, os afrodescendentes, os indígenas e os nordestinos. Defende a pátria armada e não a “Pátria Amada”. Defende a ditadura e o golpe militar. Retirou direitos trabalhistas e previdenciários, onde toda a classe trabalhadora só perdeu direitos. As mulheres foram ainda mais prejudicadas, posto que, os benefícios previdenciários de pensão foram reduzidos a quase 50% do teto. Com uma discriminação sem precedente na história recente. Praticou crimes ambientais sem impedir o desmatamento na Amazônia e propiciando o garimpo ilegal. Nem se fale em corrupção, uma vez que toda a família Bolsonaro está sendo processada criminalmente inclusive, filhos, mulher e amigos. Se viu compras de vacinas superfaturadas, dinheiro destinado à educação sendo desviado à pastores evangélicos, se verificou até Sargento da FAB transportando drogas em aviões da comitiva presidencial. Isto é apenas alguns dados comparativos entre o “bem e o mau”.

Mas, pasmem Senhoras e Senhores, apesar desse “quadro lastimável” percebemos que muitos trabalhadores e trabalhadoras menos avisados continuaram emprestando seu VOTO, sua dignidade e jogando fora o futuro de seus filhos e netos. Porém, nunca é tarde para refletir e decidir nas próximas eleições. Sabe aquela máxima: “trabalhador vota em trabalhador”!

Eu precisava dizer muito mais, no entanto, vou resumir pedindo uma salva de palmas às essas mulheres do meu do nosso BRASIL!

Cícero Muniz Florêncio, advogado do SINTRABOR

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